United acelera, mas novo ‘dono’ do hangar da TAP M&E no Galeão ainda não está definido.
Ainda está em aberto o processo para a escolha do próximo operador do enorme hangar deixado pela TAP M&E, assim como todas as demais instalações adjacentes, da chamada “área industrial” do aeroporto internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, o popular Galeão.
Fontes próximas do aeroporto e do processo relataram ao AEROIN que existe um “Acordo de Confidencialidade” (NDA) firmado entre empresas interessadas na área e a administradora do aeroporto, de tal modo que as informações sobre o andamento do processo são escassas em toda a mídia.
As fontes citam que o certame ainda está em aberto, apesar da United Airlines ter anunciado algumas vagas para mecânicos em seus canais ao longo da última semana. Um dos entrevistados disse que “ainda não há nada decidido e os participantes estão sendo avaliados” e que “nenhum dos participantes ainda recebeu uma devolutiva final sobre o processo, mas que as conversas estão ocorrendo com todos os candidatos”.
Outra fonte disse que espera que a RIOgaleão, concessionária que administra atualmente o terminal, considere todos os aspectos técnicos e econômicos para selecionar o melhor candidato para a área, e que o vencedor seja aquele que mais tenha a contribuir com a aviação e com a cidade, com maior geração de empregos e melhor uso do espaço.
Ele também cita que os planos da United precisam ser detalhados e estudados, para assegurar que não se tratará de uma “garagem de luxo para os aviões da empresa”, dedicada a apenas cortar custos de estacionamento e fazer pequenos reparos, enquanto outras empresas apresentaram projetos para transformar o local num MRO de importância internacional, prestando serviços para empresas aéreas e empregando milhares de pessoas, em vez de algumas centenas.
Existe entre os entrevistados uma preocupação especial com o fato da RIOgaleão estar de saída do aeroporto, já que abriu mão da concessão no começo deste ano e que, portanto, passará o bastão a um outro operador. Para eles, a ideia é que a decisão seja totalmente baseada nos ganhos da área no longo prazo, mesmo depois a RIOgaleão não estiver mais por lá.
Saída da TAP
Apesar da carteira de clientes e de ser um negócio promissor, a empresa aérea portuguesa TAP precisou abrir mão de algumas linhas de receita para que pudesse ser habilitada pela Comissão Europeia a um resgate bilionário por parte do governo português. O financiamento estatal, que também garantiu sua reestatização, visava salvar o negócio principal da empresa nacional de um colapso, em meio à crise causada pela pandemia.